Sabemos que o advogado, até então, era o símbolo do conservadorismo. Isso porque, os profissionais desta classe estão entre os profissionais que mais demoram a se render às mudanças, sejam elas políticas, sociais e, principalmente, tecnológicas. Garanto que vários advogados ainda lutam em trocar de celular, em usar computadores mais avançados, em investir na compra de softwares jurídicos, enfim, mudar para o novo.
O advogado, normalmente, se apega às tradições da profissão, desde a forma com que atende seus clientes até o trato com os casos e processos.
Entretanto, o mundo não é mais o mesmo, as pessoas não são mais as mesmas, principalmente depois da revolução tecnológica e dos efeitos que a revolução 4.0 está causando. Não só o mundo não é mais o mesmo como também não há mais limites para a tecnologia, afinal, alguém duvida que em 2025 teremos carros voando e que viajaremos sem sair de casa com a realidade virtual?
Não só os advogados, mas qualquer outro profissional que não participar da mudança tecnológica e não se adaptar ao novo, pode ser considerado carta fora do baralho, pra não dizer que vai deixar de existir. Já pensou se alguém continuasse insistindo em usar somente telefone discado, em escutar somente rádio, não ver televisão, não usar a internet? Em tempos atuais, esta pessoa é aquela que não quer se adaptar às novas tecnologias.
A tecnologia está invadindo a vida das pessoas de uma forma cada vez mais rápida e constante, tornando-se extremamente necessária, de forma que não se imagina a vida sem ela, ou mesmo como era a vida antes dela, inclusive na própria advocacia.
Atualmente existem diversos recursos para o advogado, como exemplo, a “computação em nuvem”, software para gestão de escritório, plataformas para registro de marcas, mediações de conflitos, peticionamento eletrônico, assinaturas digitais, software que organiza arquivos, entre vários outros.
Estas ferramentas são as chamadas legaltechs (ou lawtech), e fazem parte do novo modelo de negócio que está mexendo com a cabeça dos jovens empreendedores, o modelo de negócio chamado STARTUP.
Ao passo que a tecnologia vem para auxiliar no trabalho do advogado, por outro lado este novo mundo traz consigo alguns desafios, especialmente quanto a necessidade de que os “advogados digitais” tenham competências ligadas a esses conhecimentos.
Assim, o advogado na era digital deverá entender desse mundo tecnológico, a fim de conseguir dar suporte às demandas relacionadas a este meio, como, por exemplo, auxiliar as STARTUPs no seu processo de evolução, referente a propriedade intelectual, contratos, concorrência, acordos de confidencialidade, planejamento tributário, aspectos societários, formas de investimos, entre várias necessidades.
Enfim, na era da tecnologia, o advogado deverá deixar o conservadorismo de lado e partir para o novo mundo, o mundo da era digital, dos contratos digitais, do trabalho digital, da internet das coisas, das Startups, da inteligência artificial e muito mais, pois, além de ser questão de sobrevivência, é preciso participar e entender dessa transformação para poder embarcar nas oportunidades de trabalho que serão criadas nesta área.